Nos últimos anos, surgiram plásticos biodegradáveis e degradáveis. Isso não quer dizer que esses materiais desapareçam imediatamente ao serem descartados nas ruas ou no meio ambiente.
Por esse motivo, divulgar o uso de materiais degradáveis ou biodegradáveis como uma solução para reduzir o volume de resíduos sólidos urbanos pode ter um efeito negativo sobre a educação ambiental da população.
Subliminarmente, o consumidor pode sentir-se autorizado a descartar o "lixo" em qualquer lugar, na expectativa de que esse resíduo desaparecerá, o que não é verdade.
O plástico biodegradável reduz significativamente o impacto ambiental, pois se decompõe mais rapidamente, diminuindo a poluição e preservando os ecossistemas.
A utilização de plástico biodegradável é crucial para o desenvolvimento sustentável, ajudando a mitigar a crise global de resíduos plásticos.
Para que ocorra a degradação ou a biodegradação, é necessário um ambiente propício, ou seja, a existência de uma série de condições, tais como: oxigênio, luz, calor, umidade e manejo contínuo.
Devido à ausência desses elementos, jornais ou vegetais foram encontrados intactos depois de décadas por cientistas que pesquisam aterros sanitários. Esses materiais, supostamente, deveriam se biodegradar.
Os materiais biodegradáveis não "desaparecem". Podem deixar de ser um problema visual de resíduo sólido, mas liberam gás carbônico, metano e água, elementos que impactam o meio ambiente.
Para não causarem danos ambientais, esses resíduos deveriam ser encaminhados para usinas industriais de compostagem, locais onde ocorre sua biodegradação. Entretanto, as poucas usinas existentes no Brasil operam precariamente.
Por isso, hoje não é correto dizer que a biodegradabilidade torna os plásticos ou qualquer outro material a melhor opção para o meio ambiente.
Nem a biodegradação de qualquer produto, nem a dos plásticos biodegradáveis, é a solução para o problema do lixo descartado em locais públicos ou no meio ambiente.
Todo material descartado requer uma combinação de conscientização, educação, aplicação de leis apropriadas e práticas sólidas de gerenciamento de resíduos.Trata-se, portanto, de uma questão de políticas públicas e comportamento da população.
Por outro lado, existem plásticos que não se originam do petróleo: são os biopolímeros. Fabricados a partir de fontes vegetais (milho, cana-de-açúcar etc.), terão importância estratégica no futuro.
Os biopolímeros serão importantes no futuro, não por se degradarem ou biodegradarem, o que muito se propaga hoje como vantagem, mas sim por serem produzidos a partir de recursos naturais renováveis.
A educação do consumidor sobre os benefícios dos produtos plásticos é uma parte importante da mensagem da indústria de plásticos para toda a população.
É essencial que a utilização dos plásticos biodegradáveis não seja vista como um aval para “jogar lixo nas vias públicas”, assim como é essencial informar a população sobre a necessidade de descartar corretamente os resíduos sólidos recicláveis.
Sim, alguns plásticos biodegradáveis podem ser reciclados junto com outros plásticos, dependendo do tipo de polímero utilizado. No entanto, é importante separar corretamente os materiais para evitar contaminação no processo de reciclagem.
Plásticos biodegradáveis são aqueles que se decompõem no ambiente ao longo do tempo, enquanto plásticos compostáveis são projetados para se decompor em condições de compostagem industrial, transformando-se em composto sem deixar resíduos tóxicos.
Sim, os plásticos biodegradáveis são seguros para o uso alimentar e são frequentemente utilizados em embalagens de alimentos. Eles passam por rigorosos testes de segurança para garantir que não liberem substâncias nocivas durante o uso.